segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Basquetebol e política

Há ainda aqueles para quem, como se apregoava no antigamente, "a sua política é o trabalho". Contudo a política entra por dentro de tudo o que tem a ver com a humanidade e o basquetebol não é excepção.
Durante o período da Guerra Fria, em que dois campos políticos - o Ocidente e o Leste - se degladiavam em vários aspectos, William Jones, como secretário geral da FIBA, não teve vida fácil. Em dois momentos foi qualificado por uns, os de Leste, como estando "ao serviço do capitalismo ocidental". Anos mais tarde, a propósito dos acontecimentos dos jogos olímpicos de Munique, os meios de comunicação social americanos disseram que Jones era um "amigo do socialismo". Estas duas atitudes diametralmente opostas talvez demonstrem como Jones se queria manter fiel apenas ao basquetebol, para além dos interesses dos campos políticos opostos, existentes na altura. Em muitos momentos teve de dar mostras de grande diplomacia ou dureza nas suas decisões.
Jones tinha como princípio querer que os conflitos políticos não extravasassem para o território do desporto. Conseguir que isso acontecesse fez com que ele tivesse de se esforçar muito, sendo que, muitas vezes, prevaleceu o caminho da prevalência da discórdia no desporto. Um dos últimos acontecimentos deste tipo que ele viveu e que o entristeceu bastante foi o boicote que os EUA fizeram aos jogos olímpicos de Moscovo, devido à "invasão" do Afeganistão pela União Soviética. Jones ficou de tal modo transtornado com esse boicote que chegou a insultar o presidente americano Jimmy Carter no Congresso Mundial realizado em Moscovo.
PS. A respeito do que aconteceu na final de basquetebol dos jogos olímpicos de Munique, podes ver uma mensagem aqui neste blog.



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