sábado, 21 de janeiro de 2012

O professor Sebastião faleceu.

Na Quinta-feira passada ao final do dia, o professor Sebastião faleceu. Nestes últimos meses tive o prazer de conviver com ele pois era seu treinador-adjunto nos Sub16 do Bolacesto. Sobre ele queria deixar aqui algumas palavras.
O Sebastião era um homem especial. Em primeiro lugar pela forma como conseguia estabelecer relações entre as pessoas que passavam pela sua vida. Desde atletas, familiares de atletas, dirigentes, treinadores e muitos outros, o Sebastião os sabia envolver de uma forma muito especial. A sua empatia era uma realidade natural e que ele, conscientemente desenvolvia, no trato com os outros. Quem o conheceu sabe bem disto. Por outro lado era uma homem sempre à procura de algo mais que pudesse levar o clube em que estava em frente. Por isso avançava com projectos realizáveis a curto prazo que serviam para projectar o médio e longo prazo. No caso do Bolacesto foi com a sua iniciativa e diligências que, recentemente, foi levado a cabo o 1.º Clinic. Também há pouco tempo tinha avançado com o projecto de trabalho com os jogadores mais altos do clube, no sentido de trabalhar a sua coordenação e capacidades básicas. A ideia do treino invisível, o incitar os jogadores a fazerem algo que os preparasse para além do treino, foi lançada por ele através do projecto: A CORDA. Saltar
à corda mais do que um exercício importante era um meio de levar os jogadores ao treino invisível.
Já há cerca de 20 anos que o conheci e agora voltei a reencontrá-lo. Já há 20 anos era assim. Neste momento especial só quero dizer que foi uma honra e um gosto especial ter trabalhado e convivido com ele.
De acordo com as últimas informações que tive, ele irá para a Igreja de Espinho na Segunda-feira. Agora, o mais importante é lembrar o homem e seguir-lhe os bons exemplos que deu.

1 comentário:

  1. Henrique,
    Este 'post' é muito especial, como especial é a pessoa a quem o dedicaste. No basquetebol e na vida são raras as pessoas mesmo especiais que tenho tido o privilégio de conhecer e, infelizmente, algumas já não estão cá. Agora também o Prof. Sebastião me priva do gosto que era a sua companhia, das 'provocações' mútuas, dos desafios que constantemente nos lançava e nos impedia de nos acomodarmos ao 'status quo'... tão doloroso como a saudade fica a frustração de não podermos dar continuidade juntos (e quando digo juntos também te incluo) a tantas ideias lançadas nos nossos almoços/tertúlias.
    Acho que temos que deixar cicatrizar a ferida e depois, quando a dor da recordação for mais suportável, agarrarmos em cada ideia e darmos-lhe corpo.
    Espero que estejas comigo nessa vontade, porque só não sou capaz

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